sexta-feira, 18 de março de 2011

Tapirosca, terra de laranjais


 Dos fatos ou porque em Itapira entornou o caldo de laranjas. 
                                                         
A Folha de São Paulo tem publicado, com estardalhaço, que o Ministério Público de Itapira, através dos promotores André Luiz Brandão que assina a denúncia e Adriano Andrade de Souza, que conduziu as investigações e mais a Polícia Civil local apuraram fatos ocorridos no final de 2003 quando Totonho Munhoz (PSDB) era prefeito. Os trabalhos investigatórios iniciaram-se em 2004 e estão protegidos por segredo de justiça.

O jornal Folha denuncia falcatruas acontecimentos que, resumidamente, transcrevo:

Eles têm como origem licitação para execução de obras - presumivelmente viciada - no valor de R$ 436 mil, em que a vencedora foi a empresa "Conservas de Laranja" Ltda.  De acordo com as reportagens da Folha, ela é de fachada. Tem como sócio a senhora Joleide Ramos Lima, pessoa bastante humilde; ela afirmou jamais ter estado em Itapira e Mogi Mirim e emprestou sua assinatura para atender pedido do administrador de fato da empresa, o advogado (mui) amigo José Cardoso, já falecido. Como sempre, a troco de nada, é de se presumir.  Também participou da licitação a Coenter que tinha como sócios a própria Joleide e seu marido, o pedreiro Valdemar, ops, Orlando. Dona Joleide, seu marido e três filhos moram na Vila Mimosa, periferia de Campinas/SP.

Conforme o Jornal Agora online, ambos negam qualquer participação na administração das empresas.

Nosso aparelho desconfiômetro acusa que  a marmelada tudo começou na simulação da concorrência.

Suspeita-se que a empresa não prestou serviço algum e que a gatunagem atingiu os valores desviados são da ordem de R$ 3,1 milhões. Mixarias!

Modus Operandi

As trapalhas  Foram emitidos muitos cheques sendo que 33 deles descontados diretamente no caixa dos bancos O então prefeito Totonho endossou 16.  Outros pelo superintende do SAAE à época, o impoluto Noé Massari.  Na checagem dos extratos bancários comprovou-se que cerca de R$ 2,7 milhões foram depositados nas contas pessoais dos envolvidos. Comenta-se que há mais “premiados pela fortuna” além dos apontados nas reportagens da Folha de SP.

Respeitando a absoluta transparência no trato da coisa pública e práticas contábeis das mais avançadas, era costume proceder-se saques em dinheiro "vivo", na boca do caixa dos bancos, dos valores devidos (?) à Conservias. Tudo para que os representantes da empresa laranjeira não se dessem ao trabalho de perder tempo em filas para depositar os cheques ou sacar o numerário, evitando-se dessa forma o risco de um bandidinho qualquer vir a assaltá-los.  Sugestão: se ainda puderem, os acusados devem apresentar tais justificativas para melhor comprovar a boa intenção com que agiram na época. Quem sabe se assim a Promotoria se convence de vez da lisura dos atos praticados? Não custa, né?

Pretensos beneficiários

Na checagem do numerário desviado, elaborada com todo cuidado para não ferir susceptibilidade, apurou-se ter Totonho Munhoz embolsado R$ 933 mil; a parte que coube de direito aos demais comensais: Sandro Nenhum Pio: R$ 324 mil, Ademir centro-avante Graciatto: R$ 123 mil e, pasme, até o “insuspeito” Noé Blog Massari é acusado de ter recebido R$ 188 mil. Mixórdias!  Sabe-se, por outras fontes, que há – pelo menos - mais três funcionários metidos na bandalheira envolvidos. É uma questão de tempo para serem noticiados, com o devido destaque e respeito que bem merecem, é lógico!

Considerações

A gente não quer cometer injustiças, porém a nossa cabecinha teima em matutar: Se apenas um único caso investigado - com profundidade - causa TANTA COMOÇÃO (apenas no ano de 2003 fez-se investigação de porte) o que aconteceria se a Promotoria Pública e demais órgãos de fiscalização tivessem realizado operação “pente fino” nos demais anos da gestão munhozmenta?

Quanta injustiça seria pratica se mais casos fossem esmiuçados durante o longo reinado governo do nosso dedicado político que tanto amor tem por sua gente, sua terra!?

Participação do Tribunal de Contas

Vale lembrar que a Promotoria de Itapira teve o cuidado de solicitar que técnicos da unidade de Campinas do Tribunal de Contas do Estado - TCE participassem também da análise da documentação, tendo eles concluído que os pagamentos à empresa tipo “laranja podre” foram irregulares e que cabia devolução do dinheiro aos cofres públicos. 

Entre os problemas apontados por eles estão assinaturas falsificadas, pagamentos de serviços a pessoas não contratadas, valores de cheques não correspondentes aos das notas fiscais e nenhum recibo assinado pelo representante legal da empresa.

Não obstante, o conselheiro do TCE Eduardo “Miopia” Bittencourt disse não ter visto "atos lesivos" nas licitações.  Muito justo!  Em fevereiro de 2008, o conselheiro do TCE Edgard “Doce” Camargo, em voto sucinto deu razão a Munhoz por ter "preenchido" as exigências legais. Justíssimo! É só me dar um cargo desses que, eu que sou mais bobo, também ajo do mesmo jeito!

Falando em justeza, Totonho diz-se perseguido “politicamente” pelos promotores públicos e que as investigações ainda (Ainda? Já se passaram 8 anos de engavetamento tal a quantidade de tarefas e serviço a cargo da Justiça local de modo a não dar tempo para completar as investigações) não se transformaram em respectivo processo. Assim que ele ficar pronto, ele vai detoná-lo com uma saraivada “foguetórica”! Na base do grito!

Defesa dos acusados

O deputado diz que, na época, a empresa cumpriu todas as exigências e que os depósitos feitos em suas contas bancárias são fruto de empréstimos e de sua atividade empresarial.  

Totonho usa como defesa contundente, além de apontar o desvario dos promotores, a magnífica votação obtida cá entre nós que foi mais de 28 mil votos!  Só essa alegação deverá impressionar os incautos quando sentar-se no banco dos réus. Se houver julgamento, né?

Os demais acusados usaram dos seus direitos constitucionais, ou seja: O SILÊNCIO!

Comenta-se nas rodinhas que um deles declarou em juízo desconhecer a origem de tais depósitos em sua conta corrente.  Santa ingenuidade! Será que imaginou tratar-se de presentinho de Papai Noel temporão?


Mas nós não devemos ser tão ingênuos assim, não é?  Se, por acaso, eu estivesse envolvido e fosse inocente, certamente, já no primeiro depoimento, clareava tudo. Rebateria energicamente todas as acusações. O agir contrário é evidência de implicação.

Só a laranja não ficou calada.  Dona Joleide, também envolvida, não teve pejo. Foi objetiva, contundente.    

Bloqueio de bens

Os poucos bens que constam da declaração do Imposto de Renda do deputado foram bloqueados pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.  Totonho recorreu ao Superior Tribunal de Justiça, mas a decisão foi mantida.

Desconheço se os demais envolvidos tiveram seus bens bloqueados pela Justiça.

A ação civil pública foi ajuizada em setembro de 2006 e corre em segredo de Justiça para proteger o sigilo bancário dos acusados. Não há previsão para a data do julgamento.

Totonho se defende na ALESP

Quando da sua recente posse na presidência da ALESP, disse de maneira clara, alta, destemida que TODOS sabem que ele é pessoa honesta!  Os 92 deputados "zubonelli" o aplaudiram entusiasticamente.

Que está sendo perseguido politicamente pelos "maus" promotores de Itapira.

Os "nobres" colegas também empossados assentiram em uníssino, menos dois evidentemente: os ousados deputados Carlos Giannazi (PSOL) e Major Olímpio (PDT) responsáveis pelos 2 votos contrários na eleição para a presidência da Casa e cujo placar foi de 92 X 2! Uns "desmancha-prazeres"! 

Citou ainda:
'A presunção de inocência é uma conquista da humanidade, desde o iluminismo e a Revolução Francesa e está escrito na Declaração Universal dos Direitos Humanos'.
'Administrei mais de R$ 50 bilhões nesses cargos e todas as minhas contas nesses cargos foram aprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado e da União', disse.
E disse mais, cujo teor transcrevo: “que sua reeleição hoje para a presidência da Assembleia é uma 'homenagem' aos políticos que, segundo ele, são perseguidos pelo Ministério Público. 'Esta votação de hoje não é uma homenagem pessoal a mim, é uma homenagem a todos os que sofrem, os políticos honestos que labutam e que têm sido alvo da injusta atuação de promotores que denigrem o Ministério Público'”.

Quem são os verdadeiros culpados?
Por enquanto e assim de princípio, além dos promotores públicos, são aqueles maus profissionais que trabalham na Folha de São Paulo como Fernando de Barros e Silva, Mônica Bérgamo, Alessandro Shinoda, Sílvio Navarro, Flávio Ferreira, Daniel Roncaglia que ficam metendo o bedelho onde não foram chamados.
Pra encerrar


Tenho dúvidas se o caso prosperará.  Totonho tem muito boa “estrela” e “esperança” por dias melhores é que não lhe falta!

Acho que não “vale_ta” a pena crucifixá-lo antecipadamente! Só depois!

segunda-feira, 14 de março de 2011

Bicadas e depenadas

No dia 9 do corrente, postei a notícia veiculada no blog do jornalista brasiliense Cláudio Humberto (vide abaixo) e fiz uma aposta.  Que não demoraria muito e ambos, ANTONIO FERREIRA PINTO,  Secretário de Segurança de SP e BARROS MUNHOZ apareceriam juntos, unidos pela fé, com trocas de juras de amor.


ERREI FEIO!  MINHA "PROFECIA" FOI PRAS CUCUIAS! 


A COISA DESANDOU PELOS LADOS DO PSDB. 


Comenta-se, intra-muros, que nas hostes das altas plumagens do tucanato* sobram bicadas para todos os lados. As diversas correntes comandadas por Auquimin, Cerra, Lérdio Neves partiram para as vias de fato!  Nessa, o nosso nobre deputado Totonho está sendo "depenado" literalmente.  


Dizem que o chefão FHC se mandou para Miami. Bem acompanhado, é claro!


Quer verificar e tirar conclusões a respeito? Acesse: http://www.conversaafiada.com.br/video/2011/03/11/o-encontro-secreto-do-secretario-de-seguranca-de-sao-paulo/


O encontro é entre o Secretário de Segurança de SP e um indivíduo de paletó branco. Comentarista do blog diz tratar-se de Mário Cesar Carvalho, jornalista da Folha. 


Proveite e veja também: http://www.conversaafiada.com.br/politica/2011/03/11/seguranca-de-sp-para-onde-se-olha-tem-trampa/  


Dá até para fazer ilações com as reiteradas  denúncias que a Folha de SP faz contra o nosso Totonho.  Todas injustas, certamente!  


Comentário do jornalista Cláudio Humberto em seu blog do dia 7 do corrente: 


"Para complicar


Como se não bastasse o atentado que abafou e o vazamento de dados estatísticos, o secretário paulista de Segurança, Antonio Ferreira Pinto, não se dá com o presidente da Assembleia, Barros Munhoz (PSDB)".


* Alguém já propôs a troca da ave símbolo do PSDB para melhor caracterizá-lo.  Sai tucano, entra PELICANO.  Pelo menos este tem a bolsa maior ...  Outro chama os tucanos de tunGanos!  


Cruzes!  Quanta maldade!



sábado, 12 de março de 2011

Deu na Foia di SumPaulu

A "Foia de SumPaulu" di onti, noticiô qui u Presidenti da Assembreia di SP é acusadu di disvio di verba.  Iço podi sê veirificadu en: http://www1.folha.uol.com.br/poder/887085-presidente-da-assembleia-de-sp-e-acusado-de-desvio-de-verba.shtml
Trais umas acusação di tudu quantu é gêneru de coiza mau feitas da ordi de R$ 3.1 milião.  Coiza groça! Munhóis sidefendi dizendu pirsiguição politica dos promotô. Será qui os promotô si filiaran a partido politicu?
Nu seo brogui, noe massare dis qui é dinuncia di genti envejosa querendu prejudicá Munhóis comu candidatu na Assembreia Legeslativa di SumPaulu. Dis mai qui ieli tá probi só anda di carru véio, tá cheinhu di divida. I qui tá di conscênça limpinha. Mi lembru di tempu di iscola qui a genti falava dessa conscênça pro diretô qunadu a genti fazia arti i traquinagi feia.  
Mai tá faci a difesa delis.  É só um jogá a curpa notro queném briga di criança qui nun si sabi queim começô.  Otra coiza é dizê qui as açinatura pareci mai nun é dielis. Podi tambein pidi pra mardosa da Foia di SumPaulu prová u qui falô na reportagi. Podi inda dizê qui u processu ficô viciadu pourque tava  i agora num tá mai correndu nu sigilu.
Axo seguinti: a genti vai ficá véio mai nun vai ficá sabendu du finar desce processu.


O para numa gaveta o quarqué dum tribuná resorvi dexa corrê tempu i caducá o di tantu manuseá vai si estraviá comu acontecia com us talão di notá fiscá qui toda ora a genti lia no jorná qui tomô xá di sumiçu i ninguein incontrô mai!



quarta-feira, 9 de março de 2011

A notiça vortô





O Portá Cidade de Itapira onlaini publicô novamenti a notiça das trei arvis do Forun di Itapira numa nova reportagi.  D'agora cum u nomi di "AIPA pede explicações para a juíza do Fórum de Itapira" cum data du dia 8 du correnti meis.

Tá tudu beim ispricadinhu, incrusivi si cobra da dotora juiza inspricação du qui aconteceo.  Mi garro a pensá: si u povo i as intidadi privada fossim mai escrarecida i cobradera tudu siria meió.  Teim tanta coiza enrrada!

Será fofoca ou verdade?

Comentário do jornalista Cláudio Humberto em seu     blog do dia 7 do corrente: 

"Para complicar

Como se não bastasse o atentado que abafou e o vazamento de dados estatísticos, o secretário paulista de Segurança, Antonio Ferreira Pinto, não se dá com o presidente da Assembleia, Barros Munhoz (PSDB)".

Aposto que, logo-logo, o secretário Ferreira Pinto e Munhoz aparecerão abraçados em foto com declarações amistosas e juras de eterno amor.



sexta-feira, 4 de março de 2011

Notiça qui disapareceo

Cerá qui mim inganei?  Doutro dia li  nu "Portá Cidade de Itapira" da notiça du corti de treis pinheiro araucária todu sadio difronti u Forum locá.  Tinha inté fotografia. A notiça dizia qui a firma responsavê pelo corti plantô otras arvis estrangera no lugá dielis e num pedio ordi pro IBAMA pro corti. Ovi dizê qui a responsave num  sabia o não prestô atensão na proinbição du tar corti.


Oji num axei a notiça mai naqueli portá. Cerá qui ôve? Apagô sosinhu? Caguira?  Tô percurandu no lugá enrado? 



Notiças di Tapirosca


ZONA AZUR
I quandu si arresorverá o pobrema da zona azur da cidadi?
Iguar mi disce um amigu: pareci qui u assuntu caiu na “zona cinzenta”!
U compadi Paganini vai tê qui fazê cobrança nos ómes.

POR FALÁ IM ZONA
Os propietário e as “animadoras deusetes” da mai famosa chácara du km 8 da SP-332 nãum teim purque reclamá da frequença  nos sábado.  Inté futebolistas, di chutera e tudu o mai, teim cumparecidu puraquelas banda. Será qu’ieles güentam jogá mai 90 minuto?

NA BASI DA ISPORTIVA, NAUM!
Aparentimenti serenô os ânimo com a possi da nova deretoria, mai certos assunto podem vi à baila si naum forem sastisfatoriamenti arresorvido. Karatê Kid dis tê muinta bala na aguia! Mai di trezenta! 
  
LEI SECA
As determinação da proibição du usu di bebida arcólica im certo locá num é obiservada. Comenta-si qui inquanto a galera si contenta cum a Líber (cerveja sim árco), arguns priviligiado freqüentadô di camarotis adestinadu a emprença isportiva i cunvidadus inlustri, si intopem com “A que desce redondo”, “A primeira e melhor cerveja do Brasil”, “Refresca Até Pensamento, “Paixão Nacional”. Um monti di genti taum di zóio!

PRA BURLÁ A LEI SECA
Cerveja sen álco é u mermo qui preservativo carnavá fora di época. Naum teim graça!
Cuntudo, si por diterminação du dotô médicu fô brigado a tomá, inzisti un métodu infalíve – despoi di bebê argumas dê uns currupio intornu di um posti inté ficá tontu.  Pronto! Gora vancê si ingualô à turma di bebun com dua vantagen: fica seim aqueli orrorozo báfo i, no chegá im caza, a muié naum vai isperá vancê cum u pau di macarrão!

BANDA LARGA
I comu anda as providença pra licitá a pormetida banda larga di graça nu munnicípiu? Óia qui teim joven di montão isperandu. Ô Clebão, vancê tá incima? Intão toma tentu poi u cavalu costuma corcoveá i pulá dibanda!


domingo, 27 de fevereiro de 2011

Palomo ou Candreva?


O nosso velho conhecido Cláudio Palombo sai de cena quando, cremos, estava no melhor de sua forma.  Graças ao seu tino comercial somou recursos financeiros que lhe davam tranqüilidade.  Sempre quando o encontrava lá vinha ele todo sorridente “intimar-me” para conhecer a escola Escola de Educação Técnica Profissional - EETP.  Fui, por duas vezes, conhecê-la, mas ele não se encontrava. Gostaria de ter realizado aquele seu desejo. Notava-se em seus olhos um orgulho contido por estar realizando um sonho que poucos conseguem.  A tarefa de educar!  Transmitir conhecimentos! E ganhar uma "graninha" honesta. 

Como cidadão deixa um valioso legado e exemplo de que sempre é possível vencer as dificuldades, redimir-se.  Como todos nós, era passível de virtudes e defeitos. 

Pessoa de temperamento forte, enérgico e exigente no cumprimento das obrigações, compensou qualquer falha com a sua invejável dedicação ao trabalho, aos amigos, aos seus colaboradores e, principalmente, à família como diz o anúncio de sua repentina partida.

O jornal A Gazeta Itapirense cometeu uma falha ao citar incorretamente o seu nome como sendo Candreva!

O Cláudio com aquele seu jeito de “lorde”, certamente, compreenderá o lapso. Afinal, quem não erra?





quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

“Começando a estudar”

O jornal O Estado de São Paulo, edição de 12 do corrente, pág. A10, publicou matéria a respeito do pagamento a deputados que cumprem “mandato tampão”.

O que é “mandato tampão”? É o período em que ausente o titular por qualquer motivo, o cargo de deputado, no caso, é exercido por suplente.

Uma emenda de 1996 à Constituição Paulista determinou que os novos deputados eleitos por ocasião das eleições realizadas em outubro, mais precisamente no dia 3, só tomam posse no dia 15 de março do ano vindouro.  Este interregno é considerado como “meses perdidos”. Para os beneficiários é considerado "meses ganhos", é lógico!

Assim é que, se um deputado, por exemplo, assumir cargo no secretariado paulista ou for eleito deputado federal, seu cargo entrará em vacância e será preenchido pelo respectivo suplente.  Este, já a partir do início de janeiro, passará a receber os subsídios - R$ 20 mil mensais – mais verba indenizatória.

Onze suplentes assumiram as funções na ALESP a um custo total estimado de R$ 800 mil no perído de 1º de janeiro a 15 de março.  Embora legal, é desnecessário dizer que é como “água que se perde pelo ladrão”. 

Essa situação nos intriga a ponto de perguntar: A que propósito foi estabelecida essa situação?

Finalmente, parece que haverá questionamentos junto ao Supremo Tribunal Federal para que se pronuncie sobre essa anomalia, que é única entre os demais Legislativos estaduais.

Agora que esse "causo" estapafúrdio veio à baila através da imprensa, o veterano deputado e atual presidente da Casa, BARROS MUNHOZ (PSDB), apressa-se a dizer que essa situação é “absurda” e que precisa ser alterada. “Não tem cabimento o camarada ser eleito em 3 de outubro e tomar posse em 15 de março”, afirmou.

E acossado pelo jornalista*, Barros Munhoz tangenciou com um “já estou começando a estudar mudanças na legislação”.

Ah! Então tá!  

* Lucas de Abreu Maia

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Barros Munhoz defende a ALESP


Em nenhum momento respondeu às colocações feitas pelo jornal Folha de São Paulo.


Em defesa da Assembléia Legislativa de São Paulo - ALESP, o seu presidente deputado Barros Munhoz fez publicar artigo na Folha de São Paulo, edição de 04 do corrente mês, numa tentativa de rebater, ou melhor, driblar as várias críticas feitas à instituição em artigo do próprio jornal.


Artigo que comentei logo abaixo sob o título de “A Assembléia Legislativa de SP e a turma da gazeta”.


Começa ele por dizer que o regime militar castrou considerável parte das atividades dos parlamentares quanto ao ato próprio de legislar.


Abro parêntesis:  Noto haver, por parte de determinados políticos, enorme preocupação em não ferir a susceptibilidade de um regime que empalmou (no sentido de surripiar) o poder maior do país entre os anos de 1964 a 1985 sob o pretexto de impedir a implantação do regime comunista no Brasil. 

Para sermos justos para com a história deste país, o que foi implantado entre nós foi uma férrea Ditadura Militar, nascida de um golpe de estado. Uma ditadura apoiada por setores conservadores da nossa sociedade de então e por aqueles que perfilaram na famosa “A Marcha da família com Deus pela Liberdade”.


Vamos em frente. 

O nobre deputado afirma, delicadamente, que sobrou da referida ditadura um resquício ou seja: “... os parlamentares estaduais tiveram seu poder de legislar extremamente limitado. Foram proibidos de apresentar projetos de lei que aumentem a despesa ou diminuam a receita”.  E arremata: “foram proibidos de apresentar projetos sobre praticamente tudo o que é importante para a população”.


Duas observações:


   a)    Não podemos negar alguns méritos à Ditadura Militar.  Um deles, mesmo sob manto antidemocrático, foi o de colocar ordem no “galinheiro” do Congresso Nacional, nas Câmaras Estaduais e Municipais.

Mesmo assim, é falacioso dizer que se usurpou do Legislativo tais prerrogativas.

Agora mesmo, constatamos que a ALESP apresentou emenda aumentando o salário do governador e elevou o teto do funcionalismo paulista cujo gasto extra é da ordem de R$ 425 milhões por ano!


   b)   Quanta pretensão quando escreve estar os deputados impedidos de apresentar projetos sobre “praticamente TUDO o que é importante para a população”. Esse “TUDO” faz parte do vasto repertório dos conhecidos arroubos retóricos do querido deputado.


 E eu, um sabe nada, pergunto: Será que ainda vivemos em um regime autoritário em   que deputado não pode, pelos menos, “sugerir” ao governante a adoção de medida benéfica ou que isto é melhor do aquilo?



Munhoz cita que o deputado pode, entretanto, legislar em casos de menor relevância seja aprimorando, emendando, modificando, aditando os projetos de autoria do Executivo”. E dá exemplos de algumas leis que foram aperfeiçoadas graças aos trabalhos ingentes da ALESP.


E eu pergunto: Não seria o caso de conceder férias e repouso quatrienal  aos nobilíssimos representantes do povo caso eles fossem também proibidos de legislar em casos de menor relevância como se referiu o deputado?  De que serviria então o Legislativo?  Casa de repouso e mordomias tão somente?


Ah, Montesquieu!  Quando você escreveu o Livro das Leis e bolou a teoria da Tripartição dos Poderes do Estado, certamente não imaginou o Brasil de hoje.  Senão não...!  


Queixa-se o nosso legislador-orgulho de que críticas são feitas quanto à ausência de fiscalização da parte da ALESP ao executivo estadual.  Cita que, durante a atual legislatura, foram realizadas 23 CPIs!


Quais?  Pena que não nominou nenhuma para pudéssemos avaliar o grau de importância e serventia.  A oposição reclama da não instauração de CPIs sugeridas por ela e que tudo acaba em samba.


Nem a grande mídia paulista, tão cordata e servil, não entra nessa.


Depois, Munhoz faz um arrazoado a respeito da “representatividade parlamentar”, dos contatos junto a vários segmentos da sociedade, das 260 audiências públicas realizadas, e subsídios  oferecidos para elaboração  da peça que verdadeiramente (sic) governa um estado ou país, ou seja: O ORÇAMENTO PÚBLICO!


Até aqui deu para conter o riso, mas agora já é demais!


Pergunto ao nobre deputado: quando prefeito, observou rigorosamente a peça orçamentária elaborada por ele mesmo?  Não fez uns trambiques e mandrakagens? Não tirou daqui e botou ali? Bom, se negar acreditarei!


Munhoz, e o tal do “professor”? Conhecido também por “o rei da maquiagem contábil”.


A seguir, concorda que a ALESP não é perfeita, é preciso aprimorar-se, orgulha-se dela por estar cumprindo seu papel de legislar (?), fiscalizar (?), representar condignamente o povo paulista, pa-ta-ti, pa-ta-tá.


Afirma ser ela austera e econômica quando gastou R$ 682 milhões no ano (qual?) com subsídios e salários quando, de acordo com a LRF, teria à disposição R$ 1,7 bilhão! 


Ainda no referente a números, afirma que é a Casa de Leis com menor custo per capita em comparação com os demais estados brasileiros. Coisa de R$ 14,59 quando Minas Gerais custa, a cada seu contribuinte, R$ 41,81.


Conclusão: Não vou mais a Jacutinga. Vai que o governo da lá resolve cobrar a diferença, uai sô!


Tem uma coisa que me incomoda e incomoda muita gente que busca confirmação de números, dados, estatísticas, realizações, junto ao Executivo e ao Legislativo paulista. 

A falta total ou parcial de transparência desses Poderes!  Obter informações sobre despesas, subsídios dos políticos, folha de pagamento do funcionalismo de qualquer entidade pública paulista é coisa de doido.  


A gente encontra alguma coisa no caso de deputado: quanto ele consumiu em combustível, em serviços gráficos, coisinhas miúdas.


É uma caixa preta mais difícil de achar em comparação com aquela do avião francês que caiu no mar.


E para o deleite e ufanismo geral, Barros Munhoz diz: “A atual Assembléia foi julgada e aprovada pelo povo de São Paulo – 78,2% dos deputados que se candidataram foram reeleitos – o maior índice da história do parlamento paulista”.


A frase até me lembrou certo presidente da República que sempre repetia: “Nunca antes na história deste país...”.


Como poucos, é doutor na arte de tergiversar, despistar.  Em nenhum momento respondeu às colocações feitas pelo jornal Folha de São Paulo.


É assim mesmo que age o político: se atacado, finge que não é com ele ou responde com outra moeda. Pode também dar uma de “anjo” ou então vilipendiar o adversário. Político é vítima e algoz ao mesmo tempo.


Reconheço os méritos políticos do nosso prestigioso deputado.  Nessa arte ele é o “bom”.  Já ouvi de pessoas que residem em outras cidades e até em estados outros – “Barros Munhoz é um grande articulador”.


É que tais pessoas não acompanham o que ocorre na política local; em matéria de articulação Barros Munhoz, atualmente, tem-se comportado como um elefante (literalmente) em loja de porcelanas.  Acho que vale um novo artigo.


Mesmo assim, no campo de articulação, considero Munhoz um “meio campista” classudo, bem melhor que o nosso “tíbio” prefeito Toninho Bellini.


Olhando-os assim de perfil, como se diz na gíria futebolística: ambos estão “batendo um bolão”.


Juro: nem estou considerando a forma física arredondada deles!   


quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

ALESP e a turma da gazeta



Nos meus tempos de estudante do curso colegial era costume gazetear, ou como se dizia: “matar a aula”. Essa ocorrência era anotada por zelosas secretárias com a aposição de “ausente”, em tinta vermelha, na respectiva caderneta escolar. E ao examiná-las, sob a competente assinatura, dependendo da riqueza do multicolorido azul-vermelho e o valor das notas, tínhamos que ouvir “sermões da montanha” dos nossos pais, acompanhados às vezes, de pequenos castigos como o de não poder freqüentar aos matinées dominicais, suspensão da já minguada mesada, exigência de maior dedicação aos estudos, “neca” de futebol e por aí afora.

Mutatis mutandis” (*) parece que esse modismo não sai da moda mesmo quando os gazeteiros não passam de uns marmanjões bem nutridos, ditos representantes do povo – os deputados estaduais!

O jornal Folha de São Paulo publicou, recentemente, matéria em que relata a baixa freqüência às sessões pelos deputados da nossa ALESP durante o segundo semestre do ano passado. Trabalharam apenas durante 60 dias.  Os demais 120 dias levaram no gogó!

Mesmo assim, custou uma grana preta aos cofres paulistas.  Sem um desconto sequer.

Nem comentarei a respeito da produção legislativa desenvolvida pelos dignos representantes no período que, conforme a reportagem foi pífia. Alguns casos plenamente dispensáveis por se tratar de congratulações, condolências, indicações de nomes para logradouros públicos, criação de cargos...  

Não posso esquecer de informar o leitor que foi aprovada uma emenda de suma importância: a do reajuste do salário do governador que gerou, por efeito de cascata, gasto extra de R$ 425 milhões por ano! Excelente notícia, não é?

Ah, fosse no nosso tempo! Se isso acontecesse conosco, certamente seríamos premiados com sonora reprimenda e até umas cintadas.  

Uma conclusão é de que não há “educadores” para essa turma de faltosos e relapsos.  Exceções à parte, é claro! 

Os deputados, mesmo os militantes de campos ideológicos opostos, pelo menos no papel, nessas horas agem como se fossem irmãos siameses, ligados umbelicalmente.

Ressalvo haver deputado, como é o caso do oposicionista Major Olímpio (PDT), contrário a essa daninha prática. Afirmou: “A Assembléia não existiu em 2010. Não tem nada de custo da democracia. Isso é desculpa, A Casa (ALESP) tem funcionado como órgão homologador do Executivo”.  Palmas para ele que ele merece, diria o saudoso Chacrinha.

E o povão, o que ele pode fazer?  Nada!

(*) para quem não conhece, explico: é uma expressão latina habitualmente empregada por advogados e com significados diversos.  Pode ser entendida como “mudando o que tem que ser mudado”, "com as mudanças necessárias" ou "no que couber".
 

       

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Ronaldo Fenômeno, o maestro!

É hora de recreio!

Vamos homenagear o nosso Ronaldo Fenômeno com esta belíssima apresentação.


Barros Munhoz PresidenteALESP



Barros Munhoz tem seu nome oficializado à reeleição para a presidência da Assembleia de SP.


O "trucano" tem o apoio inclusive do PT, que desistiu da disputa porque, embora conte 24 vereadores, é bancada minoria na câmara. 


"Romaria da genuflexão e do beija-mão"




Com as úrtimas “atrapaidas” lá pelos lados da Câmara Municipal em que a dita oposição entrou em colapso, uma coisa de boa vai acontecer e que irá resultar em economia para o bolso dos cidadãos.


Não será preciso comprar OUTRO carro para atender os vereadores.  Um já está bom demais.

Até segunda ordem está suspensa a aludida “romaria ” a São Paulo.    



"Causo" amargoso


Há pouco tempo, comerciante passarinheiro da cidade foi pego dentro de propriedade rural alheia, com um saco cheio até a boca de jiló, aquela frutinha verde, amarga pra caramba!

O proprietário da plantação, dotado daquela sabedoria do homem simples da roça, disse:

- “seo moço, si tá passano fomi i nicissitado di comê, é só dá uma chegardinha lá in casa qui nóis dá prato di cumida. Num percisa si dá a essi trabalhaião todu, viu?
E arrematou: “mai num vorta mai aqui dessi jeito furtivo qui nóis podi confundi ocê cum capivara gorda ladrona i metri fogu incima"!